Por Danilo Lemos
A aplicação de tecnologias avançadas na construção de cidades inteligentes no Brasil tem sido um tema de crescente importância para engenheiros, gestores e a sociedade. No dia 13 de novembro de 2024, no auditório do CREA-DF, especialistas irão se reunir para discutir como a engenharia brasileira, com o suporte da inteligência artificial (IA) e inovação, pode conduzir avanços significativos na qualidade de vida urbana. Entre os participantes, teremos o engenheiro renomado Emanuel Mota, Presidente do CREA-CE por 2 mandatos, atual diretor de tecnologia e inovação da Mútua Nacional.
Com uma visão inovadora e, segundo alguns, polêmica, o engenheiro defende que inovação ocorre quando uma criação gera valor prático, como a emissão de notas fiscais, promovendo benefícios sociais e qualidade de vida. Este conceito, orientado pela aplicação prática, coloca o usuário final no centro da inovação, especialmente nas cidades inteligentes, onde os serviços públicos se integram para melhor atender os cidadãos.
No setor da saúde, ele propõe, por exemplo, que o Sistema Único de Saúde (SUS) seja interligado em tempo real: em caso de acidentes ou emergências, médicos de diferentes unidades teriam acesso instantâneo ao histórico do paciente, agilizando diagnósticos e tratamentos. Esse nível de integração tecnológica poderia poupar vidas, reduzir custos e otimizar o atendimento médico.
Emanuel explica como a inteligência artificial e outras automações facilitam processos internos na administração pública e em empresas. Um exemplo destacado é o uso de IA para a prestação de contas de viagens implementado pela MÚTUA: no lugar de processos manuais complexos, os viajantes agora utilizam uma automação via WhatsApp, enviando seus dados e comprovantes. Com IA, o sistema reconhece a imagem do cartão de embarque, identifica detalhes do voo e gera um relatório, economizando tempo e reduzindo custos.
Em outra vertente, a IA também é utilizada para criar alertas de segurança pública. Nos Estados Unidos, a tecnologia é capaz de enviar mensagens de alerta de sequestro, o “Alerta Amber,” a todos os celulares conectados em uma determinada área. O Brasil vislumbra implementar sistemas semelhantes, que poderiam rapidamente informar a população sobre ocorrências locais e solicitar colaboração em emergências.
Essas inovações, enfatiza Emanual, dependem de uma mudança cultural em como projetar soluções: os engenheiros devem pensar além das funções tradicionais e integrar IA de forma eficiente, segura e ética. O uso dessas tecnologias emergentes requer uma adaptação constante, já que, apesar do rápido avanço, muitas soluções ainda estão nos primeiros estágios de desenvolvimento e precisam de ajustes para atender plenamente às necessidades sociais.
O evento, 25ª edição do AQUI TEM TECNOLOGIA, reforçará o papel central da engenharia e agronomia na construção de cidades inteligentes. O foco está em desenvolver ambientes urbanos que reconheçam tanto as necessidades coletivas quanto as individuais, promovendo infraestrutura inteligente e serviços eficazes. Com isso, a importância de encontros contínuos e debates, nos quais ideias inovadoras são exploradas e a compreensão sobre esses temas se amplia.
A criação de cidades inteligentes é um processo coletivo, onde o conhecimento deve ser compartilhado e debatido. Em uma construção contínua, essa visão colaborativa é essencial para garantir que a inovação tecnológica seja aplicada de maneira ética e benéfica para toda a sociedade.
Evento: Cidades Inteligentes – 25ª #AquiTemTecnologia: Abordando infraestrutura urbana, inovação e cidades inteligentes
Inscrições gratuitas
Data: 13 de novembro de 2024 – 08:00 ÀS 19:00h
Local: Auditório do CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal, Brasília – DF
Inscrição e toda programação pelo link: https://www.sympla.com.br/evento/25-aquitemtecnologia-abordando-infraestrutura-urbana-inovacao-e-cidades-inteligentes/2641352